Guerra na Ucrania e os impactos a economia Brasileira e Global
Adriano Tomasoni
March 24, 2024

No último dia 24/02 o mundo acompanhou com preocupação a invasão Russa ao seu país vizinho, com ataques aéreos e terrestres partindo do Leste, norte e Sul da Ucrânia.

Dois dias depois de reconhecer a independência dos territórios separatistas ucranianos no Donbas, o presidente russo, Vladimir Putin, lançou a invasão sobre o pretexto de defender as então novas repúblicas independentes.

OTAM, União Europeia, ONU e outras organizações ao redor do mundo condenaram a ação, mas mantiveram cautela em relação a uma possível intervenção direta no conflito.

Não podendo atuar diretamente nesta Guerra, coube a Europa e EUA agir de forma a estrangular a economia Russa, para que essas retaliações econômicas surtem efeito negativo interno e que pressões (também internas) possam fazer com que o conflito se encerre.


Porém vale ressaltar que retaliações econômicas à invasão da Ucrânia por Vladimir Putin devem ter consequências negativas aos próprios países que estão impondo as sanções e à economia global como um todo.


Em um ambiente globalizado e interdependente, sanções como as que estão sendo impostas a Rússia causarão um aumento de inflação em todo o mundo principalmente pressão sobre o preço de commodities como petróleo, gás natural, trigo e milho, obrigando países a elevarem suas taxas básicas de juros na tentativa de conter uma escalada inflacionária.

 

Entre as medidas impostas a Rússia estão a exclusão de seus bancos do sistema de transferências financeira internacionais Swift e o congelamento de boa parte das reservas do Banco Central da Rússia mantidas no exterior.


Como consequência o rublo russo desabou nesta segunda-feira (28/2), chegando a perder 30% do valor em relação ao dólar.


Para conter esta queda, a Rússia elevou a taxa básica de juros de 9,5% para 20%.

Filas se formaram na frente de caixas eletrônicos mesmo após pedido de calma vindo do Banco Central Russo.


Ao que tudo indica essas sanções começam a preocupar o cidadão Russo, acostumado a sanções impostas por países estrangeiros, mas que nesta oportunidade causaram já no curto prazo um forte abalo na economia do país.

Diretamente o Brasil será impactado pela provável alta do preço do barril de petróleo e isso causara uma pressão inflacionária no país que hoje já possui certa elevação neste índice.


Inflação maior forçara o Banco central do Brasil e elevar as taxas de juros, desestimulando consumo e consequentemente reduzindo a expectativa de crescimento do Brasil para 2022 e 2023.


No mundo a taxa de Crescimento será impactada em prováveis 2 pontos percentuais, uma lastima considerando que acabamos de passar por uma pandemia, causadora de prejuízos incalculáveis nas economias globais.


Adriano Tomasoni (Autor)

CEO da Traderisk

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